domingo, 1 de fevereiro de 2009

Fado de Varina


Quando as ondas quebram na areia

E o sol finda no horizonte

Todo o meu coraçao se aperta

Toda eu sou dor.


Quando chega a hora

Dirijo-me aquela praia vazia

Para te dizer adeus

Para quebrar a alma minha.


Em segredo sofro as ausências

As horas perdidas, esquecidas do relógio da torre

Caminhando por ruas desertas, calçadas incertas

Choro a amargura deste fado.


Testemunhas do meu sofrer

Cansadas do meu pisotear

Estão estas lages antigas

Que não páram de implorar

A tua volta do mar.


Rezo para regressares

Uma e outra vez...

Desejando que não tenhas de voltar

Para aquele desterro sem par

Para longe do meu regaço

Mas sempre perto do meu abraço.


Ali em pé naquele Porto de Abrigo

Vejo-te ir e voltar

Entre tantas ondas do mar

Entre tantas vidas a passar

Mas sempre igual ao chegar

Quando me vês e sorris

Correndo para me abraçar.

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