domingo, 30 de agosto de 2009

Quero acordar do pesadelo de não te ver
Da tempestade que é não te puder tocar
Fartei-me das horas não passadas
Dos passeios nunca dados
Os beijos que não foram trocados
As palavras perdidas no vento
Sem nunca terem sido pronunciadas.
Procurei em memórias passadas
Perguntei a minha alma
Quem eras tu?
Mas nem no funda dela consegui descobrir quem eras…
Foste aquele que me iludiu
Me fez acreditar que era possível respirar novamente
Que poderia quebrar as correntes
Deitar fora toda a mágoa e dor.
Afinal agora sei que não passa de uma ilusão
Mais um castelo construído no ar
Mais uma mentira pintada de mil cores
Onde me enredaste tal qual liana
De onde não querias que fugisse
E me fazias prisioneira sem rosto
Sem nome…
Apenas me mantinhas cativa
Desse amor obcecado
Amado por um coração destroçado.