quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Quero guardar a lua bem na minha mão



Quero guardar a lua bem na minha mão
Protegê-la desses olhares enamorados
Escondê-la desses olhares danados
Isolá-la das promessas perdidas
Dos sonhos desfeitos
Dos corações quebrados.
Sossegá-la em relação às ameaças
Descansá-la dos perigos iminentes…
Quero guardá-la na minha mão
Mostrando-lhe apenas o meu coração
Prometendo-lhe a absolvição
Dos pecados eclipsados do passado
Das noites em que não brilhou bem alto no firmamento
E se esqueceu do mundo em seu redor
Entregando-se num amor sem pudor
Rancor ou dor
Separado pelo tempo
Unido pela eternidade de um movimento
De quem se apaixona sem medo
Sem receio de amar no silêncio da escuridão
E na imensidão da solidão dessas noites infinitas
Nesse Universo sem fim
Tomando apenas o gosto do beijo
Num momento ínfimo
Quando cobre o amado
Escurecendo o Mundo
Mas iluminando o seu coração.
Aqui na minha mão
Pode então chorar a sua maldição
De amar sem aproximação.

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