segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Boneca de Porcelana


Sou apenas mais uma

sentada nesta montra antiga

Esperando que chegue o meu dia

o meu tempo de liberdade.


O cabelo contínua arranjado

o branco da minha tez polido

mas o azul dos meus olhos

já está baço de tantas lágrimas.

Choro porque continuo aqui

Choro porque não chegas aqui

Choro porque quero fugir daqui

Quero ver o mundo lá fora

Quero que brinquem comigo.


Quando chegar o meu dia

Quero que brinques comigo sem medo

Sem medo de me estragares

Partires, sujares ou rachares.

Boneca de porcelana eu sou

Mas mulher também

Que deseja ser amada

Sem que exista o medo

De me deixar cair ao chão

Partindo em pedaços o meu coração

Restando pedaços de porcelana

Restando apenas pedaços de sonhos

Perdidos no vazio, espalhados pelo chão.


Aqui nesta montra espero eu

Olhando o vazio lá fora

Esperando pelo dia

Esperando pela salvação.

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